terça-feira, 24 de maio de 2011

“Os Tropeiros foram os primeiros agentes de comunicação comercial e social do país.
Eles teceram  elos e marcaram época pelos caminhos do Brasil”.


           
            A Equipe do Projeto Memória Histórica sobre o Tropeirismo em Vitória da Conquista dando continuidade as suas ações teve a satisfação de receber nos dias 02, 04 e 06 e 18 e 20 do corrente mês, os alunos da Escola Estadual São João Batista e da Escola Municipal Cláudio Manoel da Costa, respectivamente no Museu Regional de Vitória da Conquista/UESB, que participaram das Oficinas.

            As oficinas estão sendo ministradas pela Professora e Historiadora Maris Stella Schiavo de Novaes com o apoio dos monitores Saulo Moreno Rocha e Rosângela Alves de Souza, coordenadas pela Pedagoga Ebeilde Araujo Pedreira Goulart e supervisionadas pela Diretora do Museu Regional, Professora Irlandia Maria Serra Negra Coelho Rocha.

            A ministrante das Oficinas buscando um suporte nas artes está desenvolvendo o tema Tropeirismo por meio de músicas, poesias, quadros de pintores, fotografias antigas e outros recursos pedagógicos significativos com a finalidade de interagir com os estudantes sempre utilizando o diálogo como mediador para que eles tenham a capacidade de estudar e conhecer sobre os bens culturais, a história individual e coletiva dos tropeiros e a importância de valorizá-los como patrimônio cultural e imaterial do Brasil e especialmente de nossa Região Sudoeste.   

            Destacamos como é importante a realização dessas Oficinas no espaço museal porque podemos mostrar para os estudantes, os objetos utilizados pelos tropeiros e aproveitamos para dizer a eles que Museu não é só espaço para contemplação, mas, espaço para ações educativas diferenciadas, diálogos, debates, visitas e respeito pela preservação da memória do nosso país e também espaço para fazermos história. Como sabemos, os Museus têm potencial para oferecer oportunidades educacionais para pessoas de todas as idades e deve sempre começar pelas crianças, porque serão o público de amanhã.

            Registramos com muita alegria a visita do Maestro João Omar na nossa Oficina do dia 20 do corrente mês que marcou significativamente a nossa tarde de estudos, pois, quando ele chegou ao Museu Regional, a Professora Maris Stella estava ministrando a oficina para os alunos da Escola Municipal Cláudio Manoel da Costa e trabalhando uma música do Grande compositor Elomar Figueira de Mello, seu pai, que fala sobre o Tropeiro Gonsalin.

            A Professora Maris Stella apresentou o Maestro para todos os presentes e solicitou que ele falasse um pouco sobre a obra de Elomar. Ele se apresentou e começou a dizer que a obra do seu pai aborda o homem simples do campo, o coração e os sofrimentos desse homem que luta cotidianamente para viver e respeitar a natureza e que seu pai apesar de ter estudado numa Universidade, nunca deixou de valorizar as suas raízes, procurando sempre na simplicidade do campo a sua inspiração. Foi muito enriquecedor a ilustre presença de João Omar para nossa Oficina e temos certeza que os estudantes que tiveram o privilégio de conhecê-lo, conseguiram uma aprendizagem diferenciada sobre o compositor e cantor Elomar.
           
            A proposta metodológica das oficinas é baseada na dialogicidade, no respeito às diferenças dos estudantes e busca apostar no potencial de cada um deles. Compreendemos que não há um estudante igual ao outro. As habilidades individuais são distintas, o que significa também que, cada um avança em seu próprio ritmo. Todo educador pode escolher: olhar para trás diagnosticando as deficiências do aluno e o que já foi aprendido por ele, ou olhar para frente tentando estimar seu potencial. Qual das duas opções é a melhor? Nós escolhemos trabalhar com a segunda.

            Esperamos que essas oficinas contribuam para uma aprendizagem significativa na vida desses estudantes que nos honram com as suas presenças.

            Este Projeto tem o patrocínio do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural- IPAC, da Secretaria de Cultura, da Secretaria da Fazenda e o apoio da Diretoria de Museu-DIMUS, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia/UESB e da Catrop.


Por Ebeilde Araujo Pedreira Goulart
Coordenadora do Projeto

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